Arquivos hidrogênio verde - IRIP Instituto https://irip.org.br/tags/hidrogenio-verde/ Instituto de Relações Internacionais do Paraná Mon, 18 Sep 2023 23:49:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://irip.org.br/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logomarca-png-32x32.png Arquivos hidrogênio verde - IRIP Instituto https://irip.org.br/tags/hidrogenio-verde/ 32 32 Paraná discute fortalecimento das fronteiras com União e hidrogênio verde com Senado https://irip.org.br/parana-discute-fortalecimento-das-fronteiras-com-uniao-e-hidrogenio-verde-com-senado/ Mon, 18 Sep 2023 23:43:08 +0000 https://irip.org.br/?p=17080 O post Paraná discute fortalecimento das fronteiras com União e hidrogênio verde com Senado apareceu primeiro em IRIP Instituto.

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O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, representou o Governo do Estado na 17ª Reunião do Subcomitê de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, em Brasília, no Distrito Federal, na tarde desta segunda-feira (18/09/23). Durante o encontro, Silva apresentou o painel Principais Cidades Fronteiriças Brasileiras, com dados sobre as cidades paranaenses e objetivo de trabalhar em projetos de integração regional.

Foram tratadas questões que envolvem laços comerciais e culturais, principalmente com os exemplos de Foz do Iguaçu (em relação com a Argentina e Paraguai), Guaíra (com o Paraguai), além de Barracão, Santo Antônio do Sudoeste e Capanema (em convergência com a Argentina).

“Tratamos da convergência nas demandas que nós precisamos para a região e focamos muito na questão das operações de Polícia Federal, Receita Federal, que geralmente são os maiores gargalos, e que precisam de pessoal, de estruturação física, para poder recepcionar e ampliar esse comércio de fronteira”, disse. Ele também citou que o Paraná já conta, em Foz do Iguaçu, com um Centro Integrado de Operações de Fronteira, que pode auxiliar nessa demanda.

Guto Silva disse que o Ministério se colocou à disposição para ampliar a discussão e que os próximos passos são o de criação de uma agenda conjunta de coordenação para que o tema possa ser tratado em nível federativo, com o envolvimento das embaixadas.

“Vamos ter uma agenda muito clara, que compreende a dimensão das nossas fronteiras, para que a gente possa fazer essa interlocução, uma agenda construtiva e positiva, para que possamos desenvolver a região de fronteira como um grande centro de oportunidades à população do Paraná e como oportunidade de negócio e de turismo”, disse.

HIDROGÊNIO VERDE – Silva também aproveitou a viagem a Brasília para apresentar o Plano de Hidrogênio Renovável do Paraná (H2) à Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde (CEHV) do Senado. O Paraná já conta com uma lei inovadora na área e contratou uma consultoria para entregar um planejamento desenhado sobre o setor.

Na última semana, o Governo do Estado e a Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) também começaram a estruturar uma Rota Estratégica de Hidrogênio Renovável. A ideia é trabalhar coletivamente o setor no Estado.

“O Paraná, que sempre é destaque na produção de energia renovável, que lidera a transição energética, uma vez que nossa matriz é quase 98% limpa, acompanha essa transformação focada em hidrogênio renovável liderada por países europeus”, disse. “O Paraná tem todos os atributos para ser o grande produtor de energia limpa, especificamente de hidrogênio, a partir de biomassa e a partir de eletrólise. Estamos planejando o futuro da nossa matriz energética, deixando o Estado preparado para ações específicas. A ideia é ter anúncios importantes ainda neste ano”.

Guto Silva explicou que, diferentemente de outras regiões do País, o Paraná tem um olhar muito forte para o uso do hidrogênio renovável no mercado interno, na produção de biofertilizantes – através da amônia –, e também do combustível da aviação, algo novo e que está sendo muito demandado na Europa e por outros países.

“O Paraná tem total condição de liderar esse processo. Estamos felizes em poder apresentar um plano tão robusto, poder contribuir com essa fonte nova de energia para o Brasil, para o mundo e consciente de que nós estamos muito bem posicionados e teremos toda uma cadeia de desenvolvimento vinculado ao hidrogênio renovável no Estado”, finalizou.

Foto e Fonte: Agência Estadual de Notícias, 18/09/2023

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Comitiva paranaense se reúne com três grandes empresas e embaixador do Brasil na China https://irip.org.br/comitiva-paranaense-se-reune-com-tres-grandes-empresas-e-embaixador-do-brasil-na-china/ Thu, 14 Sep 2023 19:46:35 +0000 https://irip.org.br/?p=17047 O post Comitiva paranaense se reúne com três grandes empresas e embaixador do Brasil na China apareceu primeiro em IRIP Instituto.

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A missão internacional do Paraná na China, liderada pelo vice-governador Darci Piana, se reuniu na quarta-feira (13/09/23) com representantes de três grandes companhias chinesas e com o embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão. O objetivo é buscar novos investimentos ou cooperações tecnológicas e sustentáveis.

O primeiro encontro foi com executivos do China Railway Group (CREC International), um dos maiores conglomerados corporativos do mundo. Com sede em Pequim, a CREC atua em diversos segmentos comerciais, desde pesquisa e construção de engenharia até investimentos financeiros. Também é uma das principais empreiteiras globais.

A CREC já apareceu em 5º lugar entre as 500 maiores empresas da China. Em dezembro de 2017, a empresa passou por uma transformação, tornando-se uma entidade estatal totalmente financiada e rebatizada como China Railway Engineering Co. Ela tem 300 mil funcionários e planeja expandir sua atuação global até atingir 3 milhões de empregos em todo o mundo. No mercado brasileiro, os executivos planejam investimentos em projetos relacionados ao desenvolvimento de ferrovias, mineração e energias renováveis.

Piana apresentou aos executivos o projeto da Nova Ferroeste, corredor de exportação que vai conectar o Sul ao Centro-Oeste brasileiro. O projeto do Governo do Paraná tem 1,5 mil quilômetros de extensão, aumentando as duas pontas da atual Ferroeste, conectando Cascavel a Chapecó (SC), Foz do Iguaçu e Maracaju (MS), e Guarapuava a Paranaguá. O projeto está na fase de licenciamento ambiental.

Piana também destacou o potencial sustentável do Estado. “O Paraná é o maior produtor de energia limpa do Brasil e nós implementamos uma série de iniciativas para potencializar ainda mais essa área. No campo, criamos o Banco do Agricultor e o Renova Paraná, que estão transformando a realidade, com mais de 20 mil projetos em andamento entre usinas de biogás e instalação de placas solares. O Estado também é berço de Pequenas Centrais Hidrelétricas. Já fomos reconhecidos como exemplo global de sustentabilidade e vamos continuar nesse caminho”, disse.

Outra iniciativa discutida foi o hidrogênio verde. Nesta semana, o Governo e a Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) começaram a formatar o projeto da cadeia produtiva desse segmento. Nos próximos meses serão realizados painéis temáticos com especialistas para identificar as barreiras que dificultam a implantação, além das ações para que elas sejam superadas e o setor se desenvolva. Posteriormente, essas ações serão validadas em novo encontro do painel de stakeholders e, finalmente, será elaborado o roadmap para direcionar a estruturação do segmento.

Outra agenda foi com a CITIC Group Corporation, empresa de investimento estatal da China. Nas décadas de 1980 e 1990, a CITIC ajudou a China a atrair investimentos estrangeiros, consolidando a abertura econômica, e estimulou investimentos chineses no Exterior. A empresa é especializada em projetos logísticos, construção de estradas, usinas de energia, além de atuar nos setores de empreendimentos imobiliários e indústria de cimentos. Durante a reunião, foram discutidas oportunidades de investimento e parcerias entre a empresa e o Paraná.

Uma comitiva da empresa já esteve no Paraná anteriormente, em visita à Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços. Também já está programando uma nova recepção, reforçando o compromisso com o fortalecimento das relações comerciais.

“A empresa manifestou um grande interesse em investir em usinas de energia, com foco especial em energias renováveis, e no setor de saneamento. Além disso, tem interesse em conexões estratégicas com outras empresas locais, especialmente aquelas ligadas à indústria de cimento”, disse o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

Outro encontro foi com executivos da China Huadian Corporation (Huadian Group), também em Pequim. Ela é uma das cinco maiores estatais de geração de energia da China. A Huadian Corporation produz cerca de 10% da energia total da China. Com suas ações cotadas em bolsa, a empresa planeja investir em projetos de energias renováveis, incluindo energia fotovoltaica e hidrogênio. Além disso, a Huadian atua na área de transmissão de energia e produz equipamentos de logística portuária, como esteiras.

“A Invest Paraná apresentou um grande cenário do Estado aos chineses, com economia consolidada entre as maiores do País, emprego em alta, cidades muito bem desenvolvidas e segurança jurídica, além dos investimentos em infraestrutura que vão transformar o Estado”, disse o diretor-presidente da agência, Eduardo Bekin. “Agora vamos manter o contato, discutir possibilidades e ver de que maneira podemos compartilhar ações que favoreçam ainda mais essa relação comercial”.

EMBAIXADA – Na embaixada, o vice-governador, o secretário e o diretor-presidente da Invest Paraná se reuniram com o embaixador brasileiro Marcos Galvão para aproximar a relação diplomática. Ele lidera a representação brasileira no país asiático desde agosto de 2022 e reforçou que o interesse do gigante local é manter e expandir o comércio com o Brasil, principalmente com parceiros consolidados, como o Paraná.

A China segue como principal destino das exportações paranaenses, movimentando US$ 4,3 bilhões de janeiro a agosto. O gigante asiático também foi o país em que as exportações paranaenses mais aumentaram: crescimento de 53,8% em comparação aos oito primeiros meses de 2022. Os principais produtos negociados foram soja, carne de frango e celulose.

O encontro acontece logo após a participação do Paraná no 1º Seminário de Cooperação Econômica e Comercial entre as províncias chinesas e os estados brasileiros, em Xiamen. Ele teve como ênfase pautas de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, contribuindo para o fortalecimento das relações entre a China e os estados brasileiros. A Apex Brasil também organiza para este ano o Brazil Investment Forum 2023, que acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro, em Brasília, para replicar a ideia em solo nacional, fortalecendo a relação bilateral.

OUTRAS EMPRESAS – A comitiva paranaense também se reuniu no começo da semana com representantes da AVIC International Beijing, uma das principais empresas globais de tecnologia aeroespacial e defesa, e da China Railway Construction Corporation Limited (CRCC), conglomerado especializado em infraestrutura. Os encontros estratégicos também ocorreram dentro da missão voltada a explorar oportunidades de cooperação.

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Com aporte de R$ 3 milhões do Estado, Paraná ganha rede de pesquisas sobre hidrogênio verde https://irip.org.br/com-aporte-de-r-3-milhoes-do-estado-parana-ganha-rede-de-pesquisas-sobre-hidrogenio-verde/ Thu, 18 May 2023 23:43:07 +0000 https://irip.org.br/?p=16625 O post Com aporte de R$ 3 milhões do Estado, Paraná ganha rede de pesquisas sobre hidrogênio verde apareceu primeiro em IRIP Instituto.

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O Paraná tem se destacado no cenário nacional pelo fomento às pesquisas na produção de hidrogênio renovável (H2), uma das principais apostas quando o assunto é a necessária transição energética. Mais um passo para desenvolver esta cadeia foi dado nesta quinta-feira (18/05/23), com a criação do NAPI-H2 (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação), que recebe um aporte de R$ 3 milhões do Governo do Estado para impulso às atividades de pesquisa. A iniciativa envolve a Fundação Araucária e a Universidade Federal do Paraná, que já tem trabalhos importantes sobre o tema.

O novo Napi é instituído após a sanção, no início do mês, da lei relativa a essa energia durante o primeiro fórum paranaense dedicado a esta matriz energética renovável.

O objetivo geral do NAPI-H2 é estruturar a criação de uma rede de pesquisa e inovação na área do hidrogênio renovável de baixo carbono no Paraná, buscando articular ações que envolvam instituições públicas e privadas, de forma a impulsionar, principalmente, o desenvolvimento de tecnologias, a oferta de serviços, e a formação de recursos humanos especializados.

Esse contrato, de acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, cuja pasta capitaneia a organização de iniciativas estaduais para dar mais eficiência ao processo de transição energética, tem como foco o eixo de ciência e tecnologia, ao criar uma rede de pesquisadores. “Esses atores já estão constituídos no Paraná e a formalização dessa rede vai poder alimentar pesquisadores, empresas e startups, gerando novas oportunidades e novos negócios”, diz.

O secretário cita que o Paraná caminha a passos largos para liderar esse processo no Brasil, que visa atender a necessidade de energia renovável e limpa – e também de fertilizante verde, outra cadeia derivada do hidrogênio renovável – voltada à descarbonização da indústria, além de formar nova atividade econômica, competitiva, que gere emprego e valor.

Para se ter uma ideia da demanda para o fertilizante verde – produto obtido a partir do gás de síntese baseado no H2 –, 80% do mercado doméstico de fertilizantes depende de importação, que chegou a cerca de 9 milhões de toneladas anuais, uma demanda que, do ponto de vista dos fertilizantes nitrogenados importados, dobrou entre os anos de 2008 a 2018.

O NAPI-H2 vai contribuir significativamente para o avanço do Estado nessa área, segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, por ser uma organização de modelo horizontal, que envolve diversas instituições, com universidades paranaenses envolvidas e outras entidades de ciência e tecnologia parceiras, sejam nacionais, sejam internacionais.

“O Paraná tem ativos excepcionais na área de pesquisa e desenvolvimento do hidrogênio renovável, e estudos adequados à realidade do Estado. A expectativa é que o NAPI acompanhe e desenvolva as melhores práticas mundiais na área, mas voltadas à necessidade local”, diz.

Segundo consulta à plataforma i-Araucária, que reúne detalhes sobre a pesquisas e pesquisadores de todo Estado, são mais de 200 pesquisadores doutores especializados em hidrogênio renovável hoje conduzindo estudos na área.

Com prazo de execução do projeto de 36 meses, o NAPI-H2 reúne, em configuração inicial, 20 pesquisadores, oito bolsistas do CNPq, seis universidades do Estado e uma estrangeira, além de 13 laboratórios, empresas e institutos de pesquisa, entidades governamentais e associações.

POLO DE PESQUISA – A criação do NAPI tem como um dos protagonistas o professor doutor Helton José Alves, do Departamento de Engenharia de Energia da Universidade Federal do Paraná, que comanda o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis, em Palotina, que, recentemente, teve proposta de pesquisa em hidrogênio verde selecionada em um edital nacional do Programa iH2 Brasil, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha.

“O Paraná é um dos principais estados da Federação com potencial para produção de hidrogênio renovável e o H2 produzido a partir da biomassa – a rota tecnológica mais promissora do Paraná nessa área – está entre os processos renováveis de menores emissões de carbono, junto com a energia proveniente de energia eólica e fotovoltaica”, afirma.

Com essas iniciativas, o Paraná está consolidando sua posição como um importante polo de pesquisa, inovação e produção de hidrogênio renovável, contribuindo para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono no Estado e no País.

OUTRAS AÇÕES – Em reunião realizada nesta terça-feira (17), na Secretaria de Estado do Planejamento, também foi anunciado o contrato do Governo do Estado com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o desenvolvimento do Plano de Hidrogênio, que contempla medidas como licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia.

Também participaram representantes da Copel, Fiep, Compagás, Invest Paraná, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Instituto Água e Terra (IAT), Fundepar, UFPR, Fundação Araucária e Tecpar.

Foi compartilhada, ainda, a intenção de formação de um conselho na área para auxiliar na regulamentação da lei 11.410/23 e o anúncio de uma reunião, no início de junho, entre os representantes do poder público e membros da indústria automotiva paranaense.

Foto e Fonte: Agência Estadual de Notícias, 18/05/23

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Paraná organiza cadeia para liderar produção de hidrogênio renovável no Brasil https://irip.org.br/parana-organiza-cadeia-para-liderar-producao-de-hidrogenio-renovavel-no-brasil/ Wed, 03 May 2023 18:34:34 +0000 https://irip.org.br/?p=16561 O post Paraná organiza cadeia para liderar produção de hidrogênio renovável no Brasil apareceu primeiro em IRIP Instituto.

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O Paraná está se organizando para liderar a produção nacional de hidrogênio renovável, considerado o “combustível do futuro” por ser obtido a partir de fontes renováveis e com baixa emissão de carbono. Nesta quarta-feira (03/05/23), o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma série de medidas para criar uma política integrada de fomento à produção, pesquisa e uso do insumo no Estado.

Ele participou da abertura do 1º Fórum de Hidrogênio Renovável (H2) do Paraná, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e anunciou a criação do Programa de Energia Verde no Estado; a desoneração tributária da cadeia produtiva do insumo; linhas de crédito que somam R$ 500 milhões para fomentar investimentos no setor; assinou a resolução que cria o Descomplica H2R, que estabelece critérios para licenciamento ambiental do combustível; e sancionou o projeto de lei que cria a Política Estadual do Hidrogênio Renovável.

Também foi formalizada, na ocasião, uma cooperação técnico-científica entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Fundação Araucária e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a elaboração de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção e inovação industrial no campo do hidrogênio renovável.

“Somos líderes na produção de energia renovável no País e agora queremos sair na frente na discussão sobre hidrogênio verde, criando um ambiente favorável para atrair investimentos dessa cadeia para o Estado”, afirmou Ratinho Junior. “Temos plenas condições liderar esse processo e ser grande um fornecedor de energia para a Europa e outros países. O hidrogênio utiliza como matéria-prima a água, que temos em abundância no Paraná”.

Com esse pacote e um trabalho que envolve diversos segmentos do Estado, salientou o governador, o Paraná busca criar um ambiente seguro e competitivo para a atração de investimentos no setor. “O Estado está organizado legalmente para que a cadeia produtiva possa ser colocada à disposição da sociedade, para atrair investidores de todo o planeta, que buscam segurança jurídica e incentivos para os investimentos”, disse.

Além disso, o Paraná também deve ganhar uma planta industrial para a produção de hidrogênio renovável. A Invest Paraná, agência de atração de investimentos do Estado, assinou um protocolo de intenções com a Sengi Solar, empresa pertencente ao Grupo Tangipar, para a implantação de uma fábrica, que também vai produzir oxigênio. O investimento previsto é de R$ 50 milhões.

“Há uma corrida mundial pelo hidrogênio verde por conta do processo de transição energética, para reduzir o uso de combustíveis fósseis. E o Paraná quer liderar esse processo, porque temos tradição na produção de energia limpa”, afirmou o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva. “O Estado ocupa uma posição estratégica e está se organizando para atrair esse mercado, com arcabouço legal, desoneração da cadeia tributária, financiamento e pesquisa”.

O QUE É – Também chamado de hidrogênio verde, o insumo pode ser obtido a partir da separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio da água, em um processo chamado eletrólise, ou mesmo separando as moléculas de hidrogênio presentes no biometano.

Com isso, a produção do hidrogênio renovável pode vir de diferentes fontes, como o lodo de esgoto, dejetos de animais, biomassa, usinas hidrelétricas de diferentes portes, solares e eólicas. Para ser considerado renovável, é preciso que as fontes utilizadas para a sua obtenção também sejam renováveis, com baixa ou nenhuma emissão de carbono.

“Esse processo de separação da molécula permite que o hidrogênio seja estocado e comprimido como um gás, que é muito utilizado na indústria pesada, na aviação civil, em grandes embarcações ou mesmo em automóveis”, explicou Guto Silva. “Além da produção do hidrogênio, a partir desse processo há também a possibilidade de produzir fertilizantes verdes, como amônia e ureia, mercado que o Paraná também pode se tornar competitivo”.

PACOTE DE MEDIDAS – Dentro do pacote anunciado pelo governador, está a implementação do Programa de Energia Verde no Estado do Paraná, com o objetivo de promover a produção e uso de energias renováveis e sustentáveis, em especial o hidrogênio verde, como forma de estimular o desenvolvimento econômico e social do Estado. A medida também prevê a busca incentivos fiscais junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para estimular o desenvolvimento do setor no Estado.

Para reduzir a burocracia e facilitar a implantação de empreendimentos no setor, também está sendo criado o Descomplica H2R, nos mesmos moldes do Descomplica Energias Renováveis. A resolução estabelece critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos para a produção de hidrogênio renovável.

Outro ponto é o incentivo econômico a empresas do setor. O Sistema Paranaense de Fomento, formado pela Fomento Paraná e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), deve disponibilizar R$ 500 milhões por ano para financiar a cadeia produtiva. Serão R$ 300 milhões da linha BRDE Energia Sustentável e R$ 200 milhões da Fomento para projetos de investimento e capital de giro.

Na linha da pesquisa e desenvolvimento, a Seti, Fundação Araucária e Tecpar terão uma cooperação técnico-científica para o desenvolvimento de programas, projetos e atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico, produção e inovação industrial no campo do hidrogênio renovável de baixo carbono.

Já a lei que cria a Política Estadual do Hidrogênio Renovável, aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Paraná, tem o objetivo de aumentar a participação do hidrogênio renovável na matriz energética do Estado, estimulando o uso do insumo em suas diversas aplicações, em especial como fonte de energia e produção de fertilizantes agrícolas.

O texto afirma que o Estado pode firmar convênios com instituições públicas e privadas e financiar pesquisas e projetos que visem o desenvolvimento tecnológico e à redução de custos de sistemas de energia a base de hidrogênio renovável; e à capacitação de recursos humanos para a elaboração, a instalação e a manutenção de projetos de sistemas de energia a base de hidrogênio renovável. Também estimula o uso de hidrogênio renovável no transporte público, na indústria e na agricultura.

FÓRUM – O fórum é promovido pelo Governo do Estado e organizado pela Secretaria de Planejamento, Invest Paraná, Copel, Sanepar e Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). O evento traz uma série de discussões e painéis temáticos para tratar de produção, competitividade, inovação e demandas de longo prazo.

Com o tema “Acelerando a economia do hidrogênio no Paraná: transição energética e neutralidade de CO2”, o evento reúne especialistas da indústria, academia e formuladores de políticas para discutir e elaborar estratégias práticas e efetivas para o desenvolvimento da produção e uso dessa energia renovável no Estado.

A partir das discussões do fórum e com base na Política Estadual do Hidrogênio Renovável, o Estado pretende estruturar o Plano de Hidrogênio Verde do Paraná, com a contratação do serviço de assessoria especializada na área que dará subsídios técnicos para elaboração de uma proposta comercialmente viável.

O plano deve contar com um diagnóstico do cenário atual do Estado frente ao mercado de H2 verde e diretrizes gerais; estudos para estruturação do plano estadual para este mercado; sugestões de incentivos governamentais para desenvolver a área, relatório final e proposta de implantação do Plano de Estruturação do Mercado de H2 Verde no Paraná.

Fotos: Agência Estadual de Notícias

Fonte: Agência Estadual de Notícias, 03/05/23.

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Governo começa a desenhar caminho para tornar Paraná hub de hidrogênio verde https://irip.org.br/governo-comeca-a-desenhar-caminho-para-tornar-parana-hub-de-hidrogenio-verde/ Sat, 14 Jan 2023 13:35:25 +0000 https://irip.org.br/?p=16314 O post Governo começa a desenhar caminho para tornar Paraná hub de hidrogênio verde apareceu primeiro em IRIP Instituto.

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A ideia é modernizar e inovar a produção sustentável de energia, com foco na descarbonização, processo que visa reduzir a emissão de carbono à atmosfera. No centro está o hidrogênio verde – também chamado de renovável –, tema de um encontro promovido pela Secretaria de Planejamento nesta quinta-feira (12/01/23).

O Governo do Paraná deu mais um passo rumo à diversificação da matriz energética no Estado. A ideia é modernizar e inovar a produção sustentável de energia, com foco na descarbonização, processo que visa reduzir a emissão de carbono à atmosfera. No centro está o hidrogênio verde – também chamado de renovável –, tema de um encontro promovido pela Secretaria de Planejamento nesta quinta-feira (12/01/23).

Participaram da reunião representantes da Copel, Sanepar, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e Invest Paraná. O debate é um desdobramento da participação de agentes públicos no evento Hydrogen Technology Expo, em outubro passado, na Alemanha.

O secretário de Planejamento, Guto Silva, explicou, durante a reunião, que a discussão sobre energia renovável tem relação direta com o dia a dia das pessoas, sendo um assunto sensível, visto que há uma necessidade sempre maior de energia pela sociedade e que o setor sofre sérios impactos de fatos geopolíticos, como guerras. A mudança também impacta nos modos de produção e na geração de empregos.

“O futuro passa por novas formas de geração de energia e componentes energéticos, como o hidrogênio renovável, usado na Europa para alimentar maquinários pesados, indústrias e aviões”, disse. Segundo ele, o Paraná pode se tornar um polo na produção energética nessa matriz, reforçando conversas que foram iniciadas durante a primeira gestão.

A reunião teve como objetivo compartilhar o conhecimento de cada um na área, com vista a estruturar o Estado para que, no futuro, possa haver uma nova vantagem competitiva sobre outros territórios, produzindo energia sustentável, verde e barata. “Todos que estiveram presentes – e também as universidades no Estado – ou pesquisam o assunto há anos ou têm editais na área, mas tudo ocorre de maneira isolada. Pretendemos unir com essa iniciativa”, afirmou Silva.

“O plano de hidrogênio estará no nosso plano estratégico de grandes projetos estruturais, com foco no médio e longo prazo, e nós, Poder Público, temos papel de induzir e criar o ambiente para que floresçam bons projetos na área”, complementou.

O diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, explicou que a ideia da iniciativa é juntar as pontas de algumas demandas que surgiram após o evento na Alemanha, quando oportunidades começaram a bater à porta da Copel, Sanepar e PTI. “Ficou claro que o próximo passo nesse sentido vai ser criar uma política pública, um marco com segurança jurídica, para ser discutido nessas reuniões”, disse.

Durante o encontro, a Invest Paraná mostrou um mapeamento de empresas no Brasil que envolve tanto fornecedores quanto compradores da cadeia do hidrogênio.

EXEMPLOS PRÁTICOS – A Sanepar compartilhou algumas experiências de pesquisa relacionadas ao tema. Recentemente, uma iniciativa da companhia foi aprovada na Finep, uma empresa pública ligada ao governo federal, com o objetivo de criar um projeto-piloto que vai transformar resíduos das subestações da Sanepar em hidrogênio verde a ser convertido em eletricidade para automóveis. O projeto conta com a participação da Copel.

Cláudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar, esteve na reunião e citou que outras receitas podem ser alcançadas em torno da pesquisa com resíduos, no futuro, advindas da expertise que a companhia deve alcançar. “Além dos ganhos pelo aproveitamento desse material, poderemos vender essa tecnologia e conhecimento desenvolvidos no setor de saneamento”, disse.

Além da produção por biomassa, o hidrogênio renovável pode ser produzido pela eletrólise da água, com um custo de produção estimado de US$ 3 a US$ 8 por quilo de hidrogênio, contra de US$ 1 a US$ 2 pelo método convencional, pelo gás natural. A Sanepar também pesquisa a amônia verde, um biofertilizante derivado de hidrogênio proveniente dessa fonte.

A Copel apresentou dados de como a cadeia de hidrogênio verde funcionaria na prática, como modelo de negócios. “As aplicações que conseguimos mapear do uso do hidrogênio renovável no Paraná estão no metanol, siderurgia e atendimento a indústrias, como cerâmica, vidro e cimento, também nas refinarias, que já têm produções próprias, e ainda em campos como o do armazenamento para produção de energia elétrica, mobilidade e exportação”, disse o engenheiro de energias renováveis na Copel, Gustavo Ortigara, que atua na prospecção e desenvolvimento de negócios.

“Por outro lado, transporte naval e aéreo são setores de difícil descarbonização, por este motivo costumam ser o foco principal de estudos nessa área”, complementou Ortigara, que trabalha com hidrogênio renovável, biogás, biometano, biomassas e indústria solar fotovoltaica.

Fonte: Agência Estadual de Notícias, 13/01/23

Foto: SEPL

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